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Terreno Biológico x Teoria germe

15 de janeiro de 2019

By vbrcv

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Teoria do Terreno Biológico x Teoria do Germe

No último século ocorreu uma mudança no padrão de adoecimento humano no qual a medicina atual vive uma crise cognitiva, pois tem como foco a doença infecciosa aguda sustentada pela teoria do Germe.

Segundo essa teoria, toda enfermidade tem sua causa em um microrganismo com capacidade de propagar-se entre as pessoas, ou seja, um agente específico invade o organismo e produz uma patologia específica (Pirosfski, 2008; Almeida, 2011).

Louis Pasteur (1822-1895), químico Francês, foi o pai da Teoria do Germe e sustentava a tese de que o tecido sadio seria igual a ambiente estéril e as bactérias não tinham lugar no organismo saudável.

Os médicos Robert Koch (1843-1910) e Paul Ehrlich (1854-1915) seguiram os passos de Pasteur e criaram as bases da terapêutica com substância química, dita específica.

Essa crença da teoria microbiológica é fundamentada pelo conceito do monomorfismo, que significa (mono) “uma” e (morph) “forma”, e classifica os micróbios em espécies e géneros fixos e imutáveis.

O conceito de bactérias monomórficas que causam doenças específicas, tornou-se oficialmente aceito pela medicina e estendeu-se a toda a nosologia e pensamento médico (Almeida, 2011).

O pesquisador Pasteur nunca satisfez plenamente as regras de sua teoria, pois muitos dos chamados germes patogênicos são frequentemente encontrados em pessoas saudáveis.

A concepção monomórfica e o fixismo do pasteurismo não têm condição de se sustentar, pois já é comprovado a troca de material genético entre as bactérias e que o processo de homeostase do organismo é mantido pela simbiose entre as células, as quais organizam os tecidos e órgãos, e os microorganismos que constroem e regeneram as células e limpam o metabolismo de toxinas (Bechamp, 1912; Judson, 2004; Rusch, 2006).

Muito curiosamente, Pasteur instruiu sua família a jamais publicar suas anotações. Apenas no final do Século XX, a família de Pasteur permitiu o acesso aos seus escritos “secretos”. Gerald Geison – historiador da medicina, de Princeton – foi convidado a estudar o material e proclamou em um artigo do New York Times que Pasteur mentira a respeito de sua pesquisa sobre as vacinas e germes e que a maior parte de suas idéias havia sido plagiada de seus contemporâneos (Geison, 1995).

No entanto, já era tarde, a teoria do germe do Século XIX estabeleceu na medicina um domínio quase exclusivo que atravessou todo o Século XX e ainda hoje perdura. Atualmente a realidade se refere as doenças crônicas não transmissíveis que constituem o maior problema global de saúde e têm gerado elevado número de mortes prematuras, perda de qualidade de vida, com alto grau de limitação e incapacidade (Pirosfski, 2008).

Em pleno Século XXI, não conseguimos notar qualquer movimento na medicina oficial na direção de uma visão integrativa, que só ainda existe no campo das medicinas complementares.

Esta é a limitação mental imposta pela teoria dos germes, pois gastam milhões para suprimir um sintoma relacionado com a desorientação alimentar e nutricional, sem perceber que o próprio organismo humano é a principal fonte das doenças.

Estamos constantemente respirando cerca de 14.000 germes e bactérias por hora. Se germes são tão prejudiciais, por que não estamos mortos?

A resposta está na teoria do terreno biológico que vem sendo difundida desde das antigas civilizações orientais, e debatida no meio científicos desde os primórdios do ano de 1800 por diversos pesquisadores que foram negligenciados, como Antoine Béchamp, Claude Bernard, Gaston Naessens, Rife, Enderlein, Wilhelm Reich, Olga Lepeshinskaya, Bong Han Kim entre outros.

Eles defendiam que a unidade fundamental da vida não é a célula, mas micropartículas que podem ser observadas em qualquer microscópio (Bird, 1991; Lee, 2013).

Foi o professor Antonie Bechamp, biológo Francês (1816 – 1908), contemporâneo de Pasteur, que deu inicio as bases cientificas da teoria do terreno biológico com conceito do pleomorfismo, que significa (pleo) “muitas” e (morph) “forma”, o que é capaz de mudar de um tipo de organismo para outro.

Béchamp chamou as micropartículas de microzimas, ele as descobriu nos tecidos e no sangue de todos os organismos vivos onde permanecem normalmente inertes e inofensivos.

Quando a saúde do corpo humano é ameaçada pela presença de material potencialmente nocivo acontece o pleomorfismo, ou seja, a microzyma se transforma em uma bactéria, fungo ou vírus que imediatamente entra em ação para limpar o corpo das toxinas.

Assim que as bactérias ou vírus completam sua tarefa de consumir o material tóxico, eles automaticamente se revertem ao estado inerte de microzyma (Bechamp, 1912; Nikkari, 2001; McLaughlin, 2002).

As patologias ocorrem devido a má digestão do excesso de açúcares, proteínas, gorduras sintéticas, substâncias químicas e problemas emoções e mentais. Assim, o processo de fermentação é acelerado e as microzymas evoluem morbidamente para bactérias, fungos e vírus. As excreções dessa forma de microorganismos “mórbidos” são resíduos tóxicos, conhecidos como micotoxinas, e podem ser associados com a maioria dos sintomas das doenças crônicas e degenerativas (Bechamp, 1912).

Algumas micotoxinas são bastante conhecidas e perigosas, como exemplo o acetaldeído, ácido úrico e ácido oxálico por contribuírem com a redução de neurotransmissores e oxigênio na circulação o que causa a perda de força e resistência com sintomas de excesso de fadiga, gota e pedras nos rins.A reação do organismo é neutralizar essas micotoxinas pela ligação com o colesterol e minerais como, potássio, magnésio, sódio, enxofre, zinco e cálcio. No entanto, este processo reduz os estoques de minerais e cria as deficiências (Constatini, 1989).

Na mesma direção, para equilibrar o organismo o sistema imune é ativado e libera grandes quantidades de radicais livres para retardar o crescimento microbiano.Porém, a hiperestimulação do sistema imune causado pelo excesso de cortisol (estresse), poluição do meio ambiente e micotoxinas levam as falhas do sistema de defesa e deixa o organismo mais susceptível as condições infecciosas (Huffnagle, 2008).

Dessa forma, pode-se observar que as bactérias, fungos e vírus não são responsáveis por produzir doenças, e sim, são os resultados das alterações do terreno biológico em relação ao equilíbrio ácido/alcalino, nutricional, eletromagnético e nível de intoxicação (Bechamp, 1912).

Se os “micróbios” estão lá como consequência, não como causa, então, combater os germes resultantes por meio de antibióticos está, em teoria e de fato, equivocado (Ruch, 2006; Huffnagle, 2008).

É urgente a necessidade de superarmos os limites do pensamento pasteuriano para a medicina poder dar conta do padrão de adoecimento atual. Superar não é deixar para trás tudo que se acumulou, e sim ter consciência do bloqueio cognitivo de que a ciência está dependente.
Para manter o equilíbrio e completo bem estar é fundamental analisar o terreno biológico de cada indivíduo que é um ser único, sendo necessário um nova abordagem centrado na pessoa e não na doença.

A Nutrição Integrativa é uma ferramenta personalizada e direcionada para a individualidade e capaz identificar as necessidades do Terreno Biológico de cada paciente. O tratamento tem como objetivo promover a saúde por meio de uma visão integrativa para o equilíbrio físico, emocional e mental.

Esta tendência atual resulta em um tratamento personalizado, que considera a inter-relação de fatores na composição do diagnóstico e tratamento, tende a uma visão menos mecanicista que agrega conhecimentos milenares de dimensões globais. Assim, a Nutrição Integrativa considera o paciente, fatores ambientais, alimentares e de estresse, e resultados de análise provenientes de ferramentas avançadas.

Referências

Almeida , Eduardo. O Elo Perdido da Medicina. Rio de Janeiro: Imago, 2007

Bechamp, A. The Blood and its Third Element, 1912.

Costantini A.V. Purine and Pyrimidine Metabolism in Man. Plenum Press, New York, 1989.

Christopher Bird , The Persecution and Trial of Gaston Naessens, 1991.

Geison, Gerald. The Private Science of Louis Pasteur. Princeton University Press, 1995.

Huffnagle, G.B.. Edit. GI Microbiota and Regulation of the Imune System. Advances in Experimental Medicine and Biology, Vol 635, 2008.

Judson, Horace. The Great Betrayal: Fraud in Science, 2004.

Lee HS, Lee BC, Kang DI. Spontaneous self-assembly of DNA fragments into nucleus-like structures from yolk granules of fertilized chicken eggs: Antoine Bechamp meets Bong Han Kim via Olga Lepeshinskaya. Micron, 2013

McLaughlin RW, Vali H, Lau PC, et al. Are there naturally occurring pleomorphic bacteria in the blood of healthy humans? J Clin Microbiol, 2002.

Nikkari S, McLaughlin IJ, Bi W, Dodge DE, Relman DA. Does blood of healthy subjects contain bacterial ribosomal DNA? J Clin Microbiol, 2001.

Pirosfski, L, Casadevall, A. The Damage-Response Framework of Microbial Pathogenesis and Infection Diseases. Advances in Experimental Medicine and Biology, Vol 635, 2008.

Rusch K, Rusch V. Terapia Microbiológica – Fundamentos e prática. Madrid, GDA, Instituto de Microecologia, 2006.

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